BROCAS:  

          As brocas podem ser conceituadas como besouros que infestam madeiras. Estes besouros na realidade não são os principais causadores de danos a diversos tipos de madeira, quem os faz são suas larvas, ficando com os adultos principalmente o papel reprodutivo. Tais insetos infestam e reinfestam madeira tratada (geralmente o alburno, parte mais externa e nova da árvore) fazendo buracos ou galerias nestas e posteriormente tampando-as com pó de madeira ou resíduos de fezes. Podemos perceber uma reinfestação

observando pequenos buracos na superfície da madeira por sobre ou abaixo desta, além de pequenos buracos na sua própria superfície, neste estágio se conclui de antemão que a infestação está presente de 3 meses a 3 anos, ou um pouco mais, dependendo das espécies envolvidas, condições ambientais e tipo de madeira atacada.  

Observação: Os buracos feitos na madeira por broca, não se comunicam, enquanto os dos cupins formam caminhos que se interligam.  

CUPINS  

          Os cupins são insetos conhecidos pelo hábito de se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando por esta

razão papéis, livros, estruturas de madeira, ou qualquer outro material derivado deste composto.

          Os cupins ou térmitas são insetos sociais que vivem em colônias representados por castas de indivíduos ápteros e alados. Vivem em sociedade bastante populosa, podendo chegar a milhões, abrigados em ninhos chamados cupinzeiros. Além das formas jovens, existem duas categorias de indivíduos adultos. A primeira é formada pelos reprodutores alados, machos e fêmeas, conhecidos como siriris ou aleluias e são responsáveis pela formação de novas colônias. A segunda categoria compreende formas ápteras de ambos os sexos, porém estéreis, onde se encontram os operários e soldados. A capacidade de postura de uma rainha varia bastante com relação à espécie, sendo que em espécies mais evoluídas tal capacidade pode chegar a oitenta mil ovos por dia, tendo esta uma vida média de dez anos. Sua alimentação consiste basicamente de celulose encontrada em papel, madeira, revestimento de cabos elétricos, plantas, etc. e para obtê-la são capazes de destruir e atravessar materiais como: borracha, plástico, gesso, alvenaria, concreto, etc., causando danos como desabamentos, incêndios e estragos em geral. Os móveis e estruturas são atacados, comprometendo as instalações e sua segurança.

           O controle de infestações de cupins é dos mais complexos. Ao se detectar indícios de focos, a situação já é comprometedora. São extremamente importantes as inspeções prévias, visando à identificação logo aos primeiros sinais de ataque.

           Existem muitas espécies de cupins e sua fonte de alimento pode variar bastante:  

Cupim subterrâneo - faz o ninho no solo, geralmente próximo a uma fonte de umidade ou alimento. Os cupins subterrâneos saem do ninho em busca de alimento para sua sobrevivência.  

Cupins de madeira seca - fazem o ninho na madeira seca, ou seja, a colônia encontra-se na madeira seca que, ao mesmo tempo, serve de abrigo e de alimento.  

Cupins de montículo - são responsáveis pelos prejuízos nas lavouras, com ninhos de grande altura e resistência.

          Na cidade de São Paulo encontramos mais de 20 espécies de cupins. Destas, apenas Coptotermes havilandi ou também denominado Coptotermes gestroi e Cryptotermes brevis são pragas e não são espécies da fauna autóctone, mas alienígenas; uma terceira espécie, Heterotermes sp., também importada na cidade e possivelmente originária de outro continente vem, desde 1995, apresentando algumas ocorrências, sempre como praga.

           As demais espécies, todas da fauna nativa, estão presentes em jardins, parques e reservas florestadas.

           Dentre as cerca de 2700 espécies atuais de cupins existentes no mundo, apenas pouco mais de 70 ou 80 espécies foram assinaladas como pragas. Número similar de outras espécies pode, eventualmente, também causar estragos. Portanto, a grande maioria dos cupins não é praga e concorre com variadas atribuições na ecologia.

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